O mercado de trabalho vem passando, nos últimos anos, por grandes e profundas mudanças que exigem do profissional, seja de que área for, novas posturas. Se, no passado, muitos jovens sonhavam em ingressar no Ensino Superior, concluir os estudos, especializar-se em sua área de formação e ter como diferencial um “diploma”, agora, o que se vê são outras necessidades para garantir a sobrevivência no mercado.
O que se busca é o profissional multifuncional ou polivalente, aquele apto ao exercício de diversas atividades, não restrito a sua área de formação. Essa procura é resultado da competitividade e da instabilidade vividas pelas organizações. O profissional polivalente é o profissional do presente e do futuro.
Hoje, é preciso satisfazer as expectativas do mercado, cada vez mais competitivo. Em organizações com departamentos “enxugados” (primeiro pela globalização e desenvolvimento tecnológico e depois pela crise econômica vivida), a diferenciação é a única forma de conquistar e manter seu espaço. Estamos no século do conhecimento, do estudo permanente e continuado. Apenas uma graduação superior não é mais suficiente. É preciso estar sempre se atualizando e se qualificando. Os profissionais precisam, também, ter competências que sejam direcionadas para a geração de negócios para a empresa.
O ambiente de trabalho é extremamente competitivo e seletivo, o que faz com que o crescimento e os resultados de uma organização sejam obtidos à custa das competências pessoais, e não só de habilidades técnicas. São pré-requisitos para ter espaço no mercado atual: agilidade, coletividade e capacidade de gerar valor agregado ao produto. O profissional moderno precisa ter habilidade para trabalhar em equipe, compatibilizar inteligência, experiência e expertise e ter uma visão global. E, talvez, o mais importante: é preciso estar predisposto a aceitar mudanças e desafios constantes.
Muitas vezes, o profissional se prepara apenas por meio do estudo, com graduação, pós-graduação, cursos, idiomas, e, quando chega ao seu objetivo dentro de uma empresa, se acomoda. É aí que uma carreira pode entrar em derrocada. Isso porque as empresas contratam pela atitude, já que as atividades profissionais todos são capazes de aprender e desenvolver.
Nesse contexto, o conceito de trabalhabilidade pode ajudar a muitos. Trabalhabilidade é a capacidade de adaptação e de geração de renda a partir de habilidades pessoais. Quem possui trabalhabilidade é aquele profissional capaz de gerar renda, prestar serviços e se manter em atividade colaborando para o bom funcionamento do sistema. Para isso, tem que ser um profissional polivalente. Essa multifuncionalidade ajuda a manter o emprego e a trabalhabilidade.
O profissional que ganhará destaque no perfil do mercado de trabalho atual é aquele que sai da descrição do cargo e vai para a ação. Cada oportunidade em uma empresa é como uma nova escola: há muito o que aprender. Um colaborador com diferentes experiências pode trazer novas ideias e não apenas continuar fazendo o que era padrão.
– Janguiê Diniz – Mestre e Doutor em Direito – Reitor da UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau – Reitor da UNAMA – Universidade da Amazônia – Reitor da UNIVERITAS – Centro Universitário Universus Veritas – Fundador e Presidente do Conselho de Administração do grupo Ser Educacional –
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