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terça-feira, 10 de junho de 2014

Joaquim Barbosa define qual posição vai tomar na eleição deste ano

Ministro ganhou os holofotes da mídia após o julgamento do escândalo do mensalão do PT.
Um dos maiores ícones da história do Poder Judiciário no Brasil teria decidido seu “rumo” nas eleições deste ano. Cortejado por diversos partidos e em alta junto à opinião pública, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, não vai declarar voto nem apoiar qualquer candidato num provável segundo turno. O magistrado pretende “manter distância” da disputa eleitoral. As informações são do blog do jornalista Kennedy Alencar.
A posição frustra, em certa medida, alguns partidos de oposição, como o PSDB e PSB. Este último, inclusive, com tentativas de filiar o ministro ao partido através de convites como o do deputado federal do Rio de Janeiro Romário. Aos aliados, Barbosa costuma dizer que, se fosse filiado a um partido, este seria o PT, mas não o “PT de Lula”.
Apesar da posição neutra, qualquer movimentação do ministro em referência a um candidato poderá repercutir nas urnas. A pesquisa divulgada na última semana pelo Datafolha mostra que 26% dos eleitores brasileiros votariam “com certeza” num candidato indicado pelo ministro. Este número aumenta consideravelmente no estado de São Paulo, com 29%.
Na média nacional, Joaquim só perde para o ex-presidente Lula (PT), que fica com 36%. Em São Paulo, no entanto, o ministro lidera. O petista não tem o mesmo poder de influência no maior colégio eleitoral do país, amargando a segunda posição, com 24%.
“O presidente do STF não está disposto a transferir esse capital para ninguém. Acha que, como estará fora do Supremo há pouco tempo, uma opção eleitoral em 2014 seria lida como algo que pudesse lançar dúvida sobre decisões jurídicas recentes”, destaca Kannedy Alencar.
Com a recente declaração de aposentadoria, Barbosa pretende dar aulas palestras e aulas em universidades. Também estão em seus planos uma viagem para o exterior. Planeja voltar ao Brasil para votar. O ainda ministro também pensa em atuar como advogado em 2015 e não quer ser ministro da Justiça num eventual governo de oposição no próximo ano.
Sobre política? Diz a interlocutores que não sabe como a direita o admira, até porque se define como um admirador da esquerda. Aliás, sobre as urnas e eleições, tem um projeto no gatilho: em 2018, poderá, sim, analisar a possibilidade de concorrer a um cargo político. Pode ser o Senado pelo Rio ou a Presidência da República.
Com informações do Diário de  Pernambuco

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