Um questionamento feito pelo vice-prefeito e secretário de educação, Dimas Dantas (PP), no programa Opinião da rádio Comunidade, sobre as alegações do deputado federal José Augusto Maia (PROS) referente a conquista do Centro de Iniciação ao Esporte (CIE) terminou com a troca de acusações entre os dois políticos sobre quem teria prejudicado o governo do ex-prefeito Toinho do Pará (PHS).
O vice-prefeito fez um desafio ao deputado federal para que o mesmo mostrasse documentos protocolados no Ministério do Esporte, datado de antes da divulgação da conquista do CIE. Dimas cobrou que o documento mostre que o José Augusto requereu o centro para Santa Cruz.
De imediato, o deputado entrou no ar e afirmou que o ofício divulgado por sua assessoria, já responderia o desafio feito pelo progressista. A partir daí os ânimos dos dois políticos se exaltaram, começando um verdadeiro bate-boca radiofônico.
Para Dimas, é estranho José Augusto querer assumir a paternidade da obra federal, sendo que ele nunca teria tocado no assunto antes da contemplação.
“Santa Cruz do Capibaribe conhece o senhor. O senhor fala de obras que nunca existiram, imagine se uma obra que o senhor estava lutando por ela só falou nela depois que foi selecionada [...] Se falar num viaduto todo mundo já sabe que o senhor falou num viaduto em Santa Cruz, se falar num rodo-shopping, o senhor já falou. Tudo isso nunca saiu, mas o senhor sempre falou, nesse Centro o senhor nunca tocou nele e agora depois que ele saiu o senhor virou pai [...] Há uma contradição muito grande em sua conduta política que fala de coisas quer ainda estão no imaginário e uma coisa como essa o senhor só falou depois que ela se concretizou” disparou Dimas.
José Augusto rebateu afirmando que para a concretização do projeto do viaduto faltou interesse do governo estadual e o rodo-shopping ele destinaria quatro milhões de reais para a obra, porém o prefeito não quis. Ele também falou que emendas parlamentares demoram alguns anos para poderem ser disponibilizadas para execução de ações nos municípios e exemplificou com os recursos enviados pelo deputado federal Eduardo da Fonte (PP) que estão sendo executados nesta gestão.
“Uma emenda parlamentar passa no mínimo dois, três, quatro e até seis anos pra sair. A primeira minha tá saindo agora no INSS [...] Dudu da Fonte botou emendas há cinco anos atrás, fazem dois, três anos que começou sair. Eu com apenas três anos… vocês deviam reconhecer” disse Maia.
Nesse momento o secretário de educação acusou José Augusto de ser o culpado pelo travamento das emendas de Eduardo da Fonte durante a gestão de Toinho do Pará.
“Você sabe melhor do que eu o porquê as emendas de Da Fonte não andaram em Santa Cruz do Capibaribe. Um dos interessados em não andar foi você que tentou atrapalhar o governo de Toinho de todas as formas”, emendou.
Zé Augusto por sua vez, jogou para Dimas a responsabilidade pelo insucesso da gestão do ex-prefeito.
“Você sabe quem tomou conta da prefeitura no governo de Toinho do Pará? Foi você. Até o secretário de finanças era seu [...] Antes você dava o grito e agora quer culpar os outros. O senhor é uma das pessoas que não pode falar de Toinho. O senhor teve lá seu irmão na licitação e sua cunhada sendo a chefe do dinheiro público, a secretária de finanças” disparou Zé.
O embate ainda seguiu com a troca de acusações.
“Quem acabou com o governo de Toinho foi você e não eu. Por que as emendas de Da Fonte saíram agora no governo de Edson e não saiu no de Toinho?” Perguntou Dimas.
José Augusto voltou a afirmar que existe uma demora para disponibilização das emendas, o que pode atrasar até seis anos nas execuções das obras.
Com a proximidade de mais uma eleição ficará ainda mais comum os embates entres os políticos da “Capital das Confecções”. Neste período, a briga pela paternidade de obras farão parte do cotidiano político da cidade.
Do Blog do Ney Lima.
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