Dezenas de pessoas se aglomeravam em frente a Comprove Motos
na busca de respostas. Fotos: Thonny Hill.
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Na manhã desta quarta-feira (16), a empresa Comprove Motos,
situada na Avenida 29 de Dezembro, foi interditada pelo Ministério Público de
Santa Cruz do Capibaribe.
Dezenas de pessoas,
que adquiriram consórcios para compra de veículos através da empresa, foram
pegas de surpresa com a interdição, muitas delas inclusive já tendo seus bens
quitados e que ainda não receberam há mais de 120 dias.
Alguns dos consumidores que relataram os prejuízos obtidos
com a empresa.
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Muitos dos valores mencionados pelos consórcios adquiridos
por muitos consumidores consultados pelo blog, e que não receberam seus bens,
variavam de R$ 7 mil a até R$ 40 mil. Além disso, alguns deles nos relatarm que
procuraram o Procon no município e, segundo eles, consta que a empresa entrou
com pedido de falência.
Funcionários
da empresa também ficaram no interior do estabelecimento, sem poder sair do
local.
Funcionários ficaram no interior da empresa, sem poder sair.
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De acordo com as informações fornecidas pelo promotor de
Justiça Dr. Hodir Guerra, a empresa está sendo denunciada por, supostamente,
promover a prática de crime financeiro, na modalidade pirâmide, contra
consumidores, maioria deles de Santa Cruz do Capibaribe. Dr. Hodir relatou que
o Ministério Público tomou conhecimento do caso no fim do mês de setembro.
“A partir do momento
em que as pessoas procuraram o Ministério Público informando que estavam sendo
lesadas, porque não estavam recebendo os bens que tinham adquirido através
dessa empresa, analisamos as documentações e vimos que havia uma prática
abusiva que acabava atingindo os consumidores da cidade”, enfatizou,
completando que ajuizou a ação 15 dias depois do conhecimento do caso.
O promotor enfatizou sua pretensão em apurar o patrimônio
dos sócios da empresa, que são dos estados do Maranhão e da Paraíba, e também
ter o conhecimento sobre quantas pessoas foram lesadas, além dos valores dos
prejuízos, em Santa Cruz do Capibaribe para constituir uma ação civil pública
para tentar ressarcir os prejuízos.
Dr. Hodir enfatizou o que os consumidores, que se sentirem
lesados, podem fazer para ajudar o Ministério Público a levantar tais dados.
“Fizemos um
formulário bem organizado e a pessoa que figura no contrato vem até aqui (no
Mistério Público), traz cópias do RG e do CPF, comprovante de residência e
cópia do contrato, preenche aqui o formulário e vamos juntar toda essa
documentação para, efetivamente, instruir a ação civil pública”, destacou.
Policiais Militares, além de equipes do Gati e Rocam fizeram
o isolamento das entradas e saídas da empresa.
O promotor afirmou também que já fez pedidos para o Poder
Judiciário para que os bens da empresa sejam bloqueados.
Policiais Militares, além de equipes do Gati e Rocam fizeram o isolamento das entradas e saídas da empresa.
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