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sábado, 26 de julho de 2014

A criança e as representações sociais

Denizio Duarte Crítico Literário
Estive vendo no roda viva uma entrevista com o pediatra Daniel Becker e muita coisa interessante foi debatida, dentre várias respostas e explanações feitas por ele me chamou a atenção quando ele disse que estão transformando a criança num Deus, em algo intocável. A criança não pode ser contrariada, a criança não pode ser repreendida veemente, a criança não pode sofrer nenhum tipo de repreensão que possa parecer que vá afetá-la psicologicamente. Estão fazendo com que a criança cresça sem limites, sem freios e que as mesmas tenham vontades soberanas que se não forem satisfeitas afetarão a formação da mesma. Quem não tem limite quando é pequeno não terá quando for grande. Uma criança acostumada a ter todos os seus desejos satisfeitos não se conformará quando quiserem colocar freios em seus impulsos de adulto. Um homem que cresceu e viu todos os seus desejos satisfeitos não aceitará um não de uma mulher sem tomar reações absurdas, pois o seu ego não o deixará receber um simples não. As crianças estão crescendo sem obedecer pais e mães, tios, avós, professores, há uma verdadeira crise de autoridade há muito tempo. As teorias de Wallon da afetividade, do construtivismo de Piaget, do sócio construtivismo de Vygotsky, dentre outros, não em sido suficiente para trazermos as crianças e os jovens a uma realidade onde o mundo não gire em torno do seu umbigo e que o respeito mútuo é parte das relações sociais,assim como o amor e a fraternidade, tudo isso tem sido rejeitado e os valores morais têm sido invertidos. Vamos buscar caminhos que tragam de volta a educação  e a ordem moral aos patamares de antes sem subverter os valores e nem submeter ao despotismo.

Por Denizio Duarte Crítico Literário

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